terça-feira, 26 de agosto de 2014

COMO VIVER A CASTIDADE NO CASAMENTO?

É possível viver a castidade dentro do matrimônio
Muitas pessoas acreditam que castidade significa abstinência sexual e, por isso mesmo, é uma virtude para o tempo de namoro e noivado. Porém, todo cristão é chamado a ser casto em seu estado de vida específico (celibato ou matrimônio). Surge então o desafio de entender o que seria a castidade dentro do casamento, e como ela funciona na prática. Para mim, três conceitos são essenciais para entendermos o que ela significa: fidelidade, doação e totalidade.
Todos nós sabemos que, no rito do matrimônio, é feita a promessa da fidelidade. Porém, gostaria de convidá-lo a olhar com outros olhos essa decisão. Fidelidade significa ser exclusivo de alguém, separar o que somos e a nossa afetividade sexual para uma única pessoa. É reservar o que temos de mais precioso para entregar àquele que se mostrou digno de nos receber por causa do seu amor (comprometido na saúde e na doença, na alegria e na tristeza…). Sendo o matrimônio nossa vocação, nos nossos esposos Deus colocou tudo o que é necessário para nos completar e nos saciar em todos os aspectos – também no sexual.
Como viver a castidade no casamento
O outro é um tesouro escondido que encontramos, e pelo qual vendemos todos os nossos bens (incluindo outras pessoas). Costumo dizer para os noivos que deveriam olhar um para o outro e sentir: “Nossa, essa pessoa é um tesouro! Não posso perdê-la!”. Se estiver em dúvida sobre isso, não se case. A exclusividade não pode ser um peso, uma prisão! Ela é um ganho, uma sorte grande de ter encontrado alguém tão especial para dividir a vida.
A fidelidade não é algo prático (não trair) ou imposta pelo meio exterior. Para ser verdadeira deve nascer no interior e governar cada pensamento, cada sentimento da pessoa. Amo uma passagem onde Jesus surpreende os fariseus falando sobre o adultério. Ele diz: “Todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração”. Pense que loucura!
A pessoa não praticou nenhum ato, ninguém sabe que ela pensou aquilo, mas Jesus diz que ela já cometeu adultério (nem preciso dizer quão grave é a pornografia após entendermos isso). A verdadeira fidelidade é um voto feito a Deus, uma consagração da sexualidade. Algo pessoal e íntimo, que diz respeito a nós e a Deus. A nossa fidelidade não pode ser determinada pelas atitudes do outro (mesmo que ocorra traição da outra parte). A nossa fidelidade gerará santidade e realização em nós e trará segurança e paz para nossa casa.
Em relação à doação, precisamos ter em mente o conceito verdadeiro do sexo e da realização sexual (explicado em outro artigo). A doação na castidade matrimonial envolve não usar do sexo e do outro para a nossa satisfação, mas buscar a doação para tornar o outro realizado. Com isso, dentro da relação sexual não sobra espaço para o desrespeito, para as atitudes que fogem da natureza humana ou para a agressividade. Sendo vocação, a nossa entrega ao esposo é uma representação terrestre da nossa entrega ao próprio Deus. Ele se torna a representação viva de Cristo, a quem devemos respeito, amor, serviço e dedicação. Na vida sexual, a realização do outro é nosso dever, nosso objetivo. Por isso, vivemos a sexualidade não para nós, mas para o outro. Nessa entrega está nossa realização.
Para ser verdadeira, essa doação precisa envolver tudo o que somos, a nossa totalidade. Nosso intelecto, sentimentos, nossa história e corpo. Tudo aberto e disponível para o outro, para completá-lo. A relação sexual na total doação não pode ter limitação, precisa acolher tudo o que o outro é, inclusive na sua fecundidade. Por isso, um casal que se fecha aos filhos (usando métodos anticoncepcionais, por exemplo) está rejeitando um dom existente no outro. Não se doam por completo e, por isso, não vivem uma castidade real.
Deus fez o ser humano de forma que um casal é fértil durante um pequeno período em cada ciclo menstrual e em uma fase restrita da vida. Assim sendo, Ele permitiu que fosse possível a vida sexual nos outros dias e fases sem a geração de um novo filho. A fecundidade do outro é um dom, e se estou fechada a isso, não o estou acolhendo em sua totalidade.
Você deve ter percebido que a castidade no matrimônio é um grande desafio diário e para a vida toda. Ela é uma representação da própria fidelidade de Cristo à Igreja, e é um dom que deve ser pedido a Deus constantemente. Com certeza , gerará uma grande felicidade para aqueles que a conquistarem. Termino com uma frase linda do Catecismo da Igreja Católica: “A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz (§2339).”

Roberta Castro

Roberta Castro é Ginecologista e especialista em terapia familiar. Coordenadora do Ministério de Música e Artes da Renovação Carismática Católica no Estado do Espírito Santo.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O papel do pai na família cristã
Sex, 08 de Agosto de 2014 


“Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2, 24). Este trecho da Sagrada Escritura, retirado do primeiro livro da Bíblia, nos apresenta a constituição da família cristã instituída por Deus: homem, mulher e, fruto do amor entre ambos, os filhos. Por ocasião do dia dos pais, vamos aprofundar sobre a importância dessa figura paterna.

A presença masculina é um sustento, aquela que luta pelo material, que se preocupa com o físico, mas que não se resume apenas nisso. Como é importante a presença do pai passando segurança, rezando com os filhos, ensinando-os, educando-os na Fé, estabelecendo os limites necessários. Se assim não o fosse, Deus não teria convencido José, em sonho, a permanecer com Maria, mesmo sabendo que ela daria à luz a um Filho que não era dele; fiel a Deus, José permanece com Maria (cf Mt 1, 20).

Nos tempos atuais, devido a uma grande necessidade de busca pelo sustento, muitos pais ficam distantes dos filhos, estes são educados por tantas outras pessoas ou situações, que acabam, às vezes, trilhando caminhos diferentes dos desejados pelos pais. O trabalho do homem não deve, portanto, interferir negativamente na família. O livro de Provérbios vem orientar acerca da importância dessa presença ainda na infância: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar” (Pr 22,6).

Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, número 25, São João Paulo II afirma: “o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. (...) É necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível”. O homem só será realizado, enquanto pai, quando amar seus filhos. E quando se fala em amar, não se trata de um amor irreal, mas um amor concreto, presente, suporte, um amor doação.

O pai na família cristã precisa refletir para com os seus filhos o Amor de Deus Pai. Quantas pessoas não conseguem se sentir amadas por Deus Pai por não terem sido amadas pelo pai da terra; quantos entendem o Pai do Céu como distante por não ter tido a oportunidade de perceber o pai terrestre presente! O papel do pai na família é de suma importância, é insubstituível, não pode e nem deve ser transferido.

Nos tempos atuais, em que o pai é visto para tantas outras atividades, menos para estas relatadas neste artigo, como retomar o caminho e como pai cumprir bem o seu papel na família Cristã? Faz-se necessário contar com o mover e a ação do Espírito Santo, Aquele que é Autor da Unidade, Formador por excelência.

Que o Espírito Santo venha ajudar os pais a serem pontos de unidade em suas famílias ajude-os a educar seus filhos, não com a educação que a sociedade hoje apresenta, mas a educação segundo a vontade de Deus, à Luz da Palavra. Assim, ter-se-á, amanhã, mais homens e mulheres que professam a Fé em Jesus Cristo contribuindo com uma sociedade melhor.

Frederico Mastroangelo Simões Marques

Coordenador Estadual do Ministério de Formação RCC BA

GO Imaculado Coração de Maria, Arquidiocese de Feira de Santana

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Semana Nacional da Família será celebrada de 10 a 16 de agosto. O tema central deste ano é "A espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo", que propõe a prática espiritual do casal e em família.  
Semana Nacional da Família
Criada em 1992, a Semana Nacional da Família é um evento anual e integra o calendário das paróquias e comunidades de todo o Brasil. Para animar a atividade, a Comissão Nacional elabora o subsídio "Hora da Família", que começou a ser editado desde a vinda de São João Paulo II ao Brasil, em 1994, e passou a ser publicada anualmente, estando em sua 18ª edição.

NESSE 1º DIA DA SEMANA DA FAMÍLIA  NÓS QUEREMOS PARTILHAR COM VOÇÊS ESSE LINDO VIDEO DO  Padre Léo_ Jesus está disfarçado em sua casa....