quinta-feira, 24 de setembro de 2015

10 formas de amar minha namorada sem sexo

É possível amar sua namorada sem ter relação sexual com ela
Quando se fala de namoro, logo se pensa num monte de coisa do tipo ‘pode’ ou ‘não pode’! Mais que isso, querem colocar em nossa cabeça que o namoro precisa ser um “teste drive” do outro para ver o quanto, de fato, conseguiremos levá-la ao máximo de prazer!
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Vou direto ao assunto e falarei para os homens de plantão que querem amar suas namoradas, e não usá-las. Já com os dois pés em seu peito, eu lhe digo: “ É possível amar sua namorada sem ter de fazer sexo com ela”. Sim, é possível fazê-la profundamente desejada, amada e feliz sem ter de, com isso, apelar para uma relação sexual antes do casamento.
Tá bom! Este texto caiu em suas mãos e você não acredita nessa “historinha” do século passado. Mas quero desafiá-lo a ir até o fim desta página, pois você pode estar vivendo uma mentira em seu namoro, pode estar enganado, pensando que está amando sua namorada quando a leva para o motel ou se tranca com ela no quarto para as aventuras de um sexo sem amor.
Veja também:
Meu namorado quer transar e agora-
Amar é esperar e dar de si ao outro, e não querer o outro para si. Sem muitas delongas, vamos às 10 formas de amá-la sem ter relações sexuais com ela antes do casamento:
Amar no olhar: Exercite a capacidade de vê-la como uma princesa, como uma filha de Deus, como alguém que, de fato, possui virtudes inimagináveis. Exercite a capacidade de demonstrar em seu olhar o quanto ela é importante para você e como sua vida ganha sentido quando gasta tempo olhando para ela. Afinal, há quanto tempo você não passa mais de 5 minutos olhando para ela olho a olho?
Amar no ouvir: Mulheres gostam de falar, falar e falar. E nós homens precisamos exercitar a capacidade de ouvir até aquilo que elas não dizem de maneira verbal. Mulheres, na sua maioria, querem que as “adivinhemos” e que gastemos tempo ouvindo o que ela não diz. Quando você conseguir isso, terá descoberto o fio de ouro da relação de vocês.
Amar no sentir: Antes de sentir o corpo nu de sua namorada (há um tempo reservado para isso, que se chama casamento), que tal sentir o coração dela? A maior e mais profunda penetração que você pode ter com ela não será a da relação sexual, mas será quando penetrar no coração dela e assim sentir os sentimentos que ela tem!
Amar no tocar: A nossa grande “neura”, enquanto homens ( infelizmente, a sociedade nos forma assim), é tocar no corpo da namorada, a fim de alcançar as partes mais erógenas dela e, assim, deixá-la pronta para uma relação sexual. Mas isso, no namoro, é uso e não amor. Quer amar sua namorada de verdade? Gaste tempo tocando na história dela, no que ela viveu e vive.
Amar no abraçar: Como um abraço é eficaz na arte de amar! Uma mulher envolvida por um abraço que envolve não somente seu corpo, mas tem a capacidade de envolvê-la no todo, sente-se não só protegida, mas profundamente valorizada. Seus braços têm a capacidade de envolver todo mistério e beleza de sua namorada?
Amar no beijar: Beijar é muito bom! Um beijo é mais que encontro de lábios, é encontro de desejos e anseios. Exercite nos beijos que dá em sua namorada a capacidade de despertar nela a alegria de estarem juntos. Uma mulher encontrada em um beijo se sente única e irrepetível.
Amar no cheirar: Não vá pensando que estou falando de fragrância francesa! Lógico que isso é muito bom também. Mas não é isso apenas, falo de sentir o que Paulo disse: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo (II Cor 2,15)”. Sentir nela o perfume de Jesus, do amor que Ele tem, dos sonhos que Ele traz, a fará insubstituível.
Amar no falar: Desde Eva, a mulher espera a fala de um homem. Foi na ausência da fala de Adão que Eva escolheu um caminho ruim. Sei que não somos tão bons no falar, e aí está justamente nossa maior arma. Exercite a capacidade de demonstrar o que sente, de falar realmente o que pensa. Não se canse de dizer “eu te amo”. Como disse Pier Giorgio, “o amor nunca diz ‘já chega’!”. Fale com ela de seus sonhos, dos seus desejos, da importância que ela tem em sua vida! Se soubéssemos a força de nossa voz…
Amar no pensar: Acredito que uma das maiores provas de amor é tentar pensar sobre o que o outro pensa. Não digo pensar igual, mas chegar ao lugar que o outro pensa. E quando se trata da sua namorada, pensar sobre o que ela pensa é ter a capacidade de chegar em suas motivações mais profundas. Depois de pensar sobre os pensamentos dela, suas ações serão bem mais assertivas.
Amar no sonhar: Quando se gasta tempo sonhando, projeta-se o futuro. Quando você tem a possibilidade de sonhar junto com sua namorada, o futuro se apresenta cheio de possibilidades. Não ter sexo no namoro o faz sonhar muito mais ainda com sua noite de núpcias! Ame-a nos sonhos que ela traz – e lhe digo não são poucos. E quando ela sentir que você sonha junto com ela, eu lhe garanto: vocês mirarão um céu a dois!
Acha pouco? Se colocar isso como meta do amor em seu namoro, você, de fato, será muito feliz, pois a estará fazendo feliz! E depois de casados, cada relação sexual será o transbordar de todas essas formas de amar, pois elas se convergirão e assim tocarão na plenitude do amor.
E aí? Depois dessas 10 formas de amar sem ter relações sexuais no namoro, eu lhe pergunto: você ama sua namorada?
Muitos casais de namorados, quando resolvem viver a castidade, terminam; não porque não tenha sido uma boa ação, mas foi uma ação que revelou uma relação que não tinha pessoas, mas apenas “sexo”.
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Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: “Santos de Calça Jeans”, “Nasci pra Dar Certo!” e “Quero um Amor Maior”

quarta-feira, 23 de setembro de 2015


Cerimônia especial dá início ao 

Encontro Mundial das Famílias

Abertura oficial do Encontro Mundial das Famílias conta com autoridades civis e religiosas
Letícia Barbosa
Da Redação
Com o tema “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”, teve início na tarde desta terça-feira, 22, o Encontro Mundial das Famílias, na Filadélfia (EUA).
A abertura do evento ocorreu por meio de uma cerimônia que contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, do arcebispo de Filadélfia, Charles Joseph Chaput e do prefeito de Filadélfia, Michael Nutter .
Durante a cerimônia, o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Vincenzo Paglia, salientou que o amor é uma missão concedida por Deus e a família uma paixão.
“Apesar das diferenças de tradição, cultura, todos somos um, porque temos um único Pai. […] Se a família se sente forte, a sociedade se sente forte”, destacou o Cardeal.
O prefeito de Filadélfia, Michael Nutter, discursou acolhendo os presentes vindos de cidades próximas e longínquas que participarão, durante esses dias, do encontro e ainda convidou as pessoas a celebrarem o amor.
O prefeito entregou ao presidente do Pontifício Conselho para a Família alguns presentes em nome dos munícipes de Filadélfia como uma louça com o brasão do vaticano e uma bicicleta.
A abertura oficial ocorreu com o momento em que a faixa foi cortada declarando o início do evento.
Sobre o encontro
O Encontro Mundial das Famílias acontece a cada três anos quando São João Paulo II pediu atenção mundial aos laços sagrados da família promovendo a primeira edição do encontro em Roma, em 1994, no ano internacional da família. As demais edições ocorreram:
.: 1997: Rio de Janeiro, Brasil
.: 2000: Roma, Itália
.: 2003: Manila, Filipinas
.: 2006: Valência, Espanha
.: 2009: Cidade do México, México
.: 2012: Milão, Itália.
Este encontro acontece a cada três anos pelo Pontifício Conselho para as Famílias e é considerado a maior reunião católica de famílias do mundo.

Em Cuba, Papa Francisco encerra viagem

com discurso para as famílias

Em último dia de sua passagem por Cuba, Papa Francisco enalteceu a família como escola da humanidade 
Alessandra Borges
Da redação
Em seu último dia de visita pastoral a Cuba, o Papa Francisco se encontrou com a famílias cubanas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, nesta terça, 22, na cidade de Santiago. Em seu discurso, o Pontífice agradeceu o acolhimento que recebeu em sua passagem pelo arquipélago, enaltecendo que se sentiu em casa durantes estes dias.
“Concluir a minha visita vivendo este encontro em família é motivo para agradecer a Deus pelo ‘calor’ que brota de gente que sabe receber, que sabe acolher, que sabe fazer sentir-se em casa. Obrigado!”, disse Francisco.
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Papa Francisco saudou família que partilhou com a comunidade sobre as dificuldades de viver uma ‘igreja doméstica’. Foto: Reprodução CTV
Papa Francisco iniciou o seu discurso agradecendo a coragem de um casal que  testemunhou para todos os presentes “os seus anseios e esforços para viver no lar como uma ‘Igreja doméstica’”.
“A comunidade cristã designa as famílias pelo nome de igrejas domésticas, porque é no calor do lar onde a fé permeia cada canto, ilumina cada espaço, constrói comunidade; porque foi em momentos assim que as pessoas começaram a descobrir o amor concreto e operante de Deus”, explicou o Papa.
Utilizando-se do Evangelho de São João na passagem bíblica das bodas de Caná, e também a relação de amizade de Jesus com Lázaro, Marta e Maria, o Santo Padre exemplificou sobre a importância do ambiente familiar e das relações de amor e afeto que se formam.
“Jesus escolhe estes momentos para nos mostrar o amor de Deus, Jesus escolhe estes espaços para entrar nas nossas casas e ajudar-nos a descobrir o Espírito vivo e atuante nas nossas realidades cotidianas. É em casa onde aprendemos a fraternidade, a solidariedade, o não ser prepotentes. É em casa onde aprendemos a receber e agradecer a vida como uma bênção, e aprendemos que cada um precisa dos outros para seguir em frente. É em casa onde experimentamos o perdão, e somos continuamente convidados a perdoar, a deixarmo-nos transformar. Em casa, não há lugar para ‘máscaras’: somos aquilo que somos e, de uma forma ou de outra, somos convidados a procurar o melhor para os outros”, ressaltou o Papa.

Família, escola da humanidade

Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que a família, em muitas culturas, está deixando desaparecer os encontros e as festas familiares. “Sem família, sem o calor do lar, a vida torna-se vazia; começam a faltar as redes que nos sustentam na adversidade, alimentam na vida quotidiana e motivam na luta pela prosperidade”, exortou.
“A família é escola da humanidade, que ensina a pôr o coração aberto às necessidades dos outros, a estar atento à vida dos demais. Apesar de tantas dificuldades que afligem hoje as nossas famílias, não nos esqueçamos, por favor, disto: as famílias não são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade que temos de cuidar, proteger, acompanhar”, afirmou o Santo Padre.
Segundo o Papa, quando formos questionados sobre o futuro da crianças, e que tipo de sociedade queremos deixar para elas, devemos responder que é um lugar que exista a presença das famílias.
“É certo que não existe a família perfeita, não existem esposos perfeitos, pais perfeitos nem filhos perfeitos, mas isso não impede que sejam a resposta para o amanhã. Deus incentiva-nos ao amor, e o amor sempre se compromete com as pessoas que ama. Portanto, cuidemos das nossas famílias, verdadeiras escolas do amanhã”, aconselhou o Pontífice.
Após o discurso, Papa Francisco, se dirigiu a parte externa da catedral de Nossa Senhora da Assunção para saudar os fiéis que o aguardavam com palavras de amor e saudação para as famílias.

FERTILIDADE

Não consigo engravidar

O que a Igreja recomenda para os casais que tentaram, mas ainda não conseguiram engravidar? 
nao-consigo-engravidarA Igreja sabe que os casais que não conseguem ter filhos sofrem. O Catecismo diz que “é grande o sofrimento de casais que descobrem que são estéreis” (n.2374). Mas, nem por isso, eles devem ser infelizes: “Os esposos a quem Deus não concedeu ter filhos podem, no entanto, ter uma vida conjugal cheia de sentido, humana e cristã. Seu matrimônio pode irradiar uma fecundidade de caridade, acolhimento e sacrifício” (n.1654).
A Igreja recomenda que esses casais busquem, na ciência médica, a possibilidade de a mulher engravidar, mas por meios que não firam a dignidade humana.
“As pesquisas que visam diminuir a esterilidade humana devem ser estimuladas, sob a condição de serem colocadas ‘a serviço da pessoa humana, de seus direitos inalienáveis, de seu bem verdadeiro e integral, de acordo com o projeto e a vontade de Deus’” (Instrução Donum Vitae, 2). (n.2375)
O Magistério da Igreja entende que não é lícito gerar um filho pela inseminação artificial homóloga (pais casados) ou heteróloga (pais não casados). Diz o Catecismo que “as técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero) são gravemente desonestas. Essas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e de uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um por meio do outro” (n.2376).
“Praticadas entre o casal, essas técnicas (inseminação e fecundação artificiais homólogas) são, talvez, menos claras a um juízo imediato, mas continuam moralmente inaceitáveis. Dissociam o ato sexual do ato procriador. O ato fundante da existência dos filhos já não é um ato pelo qual duas pessoas se doam uma à outra, mas que remete a vida e a identidade do embrião ao poder dos médicos e biólogos, e instaura um domínio da técnica sobre a origem e a destinação da pessoa humana. Tal relação de dominação é por si contrária à dignidade e à igualdade que devem ser comuns aos pais e aos filhos”.
“A procriação é moralmente privada de sua perfeição própria quando não é querida como o fruto do ato conjugal, isto é, do gesto específico da união dos esposos. Somente o respeito ao vínculo que existe entre os significados do ato conjugal e o respeito pela unidade do ser humano permite uma procriação de acordo com a dignidade da pessoa” (n.2377).
A Igreja recomenda que se o casal que não conseguir, por meios legítimos, a fecundação, deverá juntar esse sofrimento ao de Cristo, na cruz, e poderá adotar filhos do coração, que não são menos valiosos que os da carne. Sem dúvida, é um ato de fé de quem realmente ama Deus e está disposto a oferecer esse sacrifício no cálice da Santa Missa.
O Catecismo diz: “O Evangelho mostra que a esterilidade física não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de terem esgotado os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infantilidade unir-se-ão à cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo” (n.2379).
Não conhecemos os desígnios de Deus para cada casal. Por que uns têm muitos filhos e outros não têm nenhum? Só o Senhor pode responder isso. Sabemos que Ele não é o autor da esterilidade, mas o Senhor da vida. Se, no entanto, Ele não a permite, saberá dela fazer o bem.
Acreditamos, na fé, naquilo que diz São Paulo: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus”. Diz a Palavra que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). “O justo viverá pela fé” (Rm 1,17). Sem dúvida, esse é um sofrimento que só pode ser superado na fé e na oração de abandono nas mãos de Deus.
Quem de nós sabe o que é bom, hoje e amanhã, para nós ou para nossos filhos? Então, na fé, o melhor é aceitar o que Deus permite que aconteça, mesmo que nosso coração sofra. Diante d’Ele os méritos desses pais será grande.

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CRISE ECONÔMICA

Saiba como equilibrar a família, financeira e emocionalmente

Em tempos de crise econômica, especialistas explicam como equilibrar a família, financeira e emocionalmente.
André Cunha
Da redação
O cenário econômico do Brasil, bem como de outros países, não é animador pra quem vive sozinho, imagine para quem tem esposa(o) e filhos. Realmente, não está fácil pra ninguém!
Na segunda reportagem da série sobre a família, especialistas explicam como equilibrar a família financeiramente e emocionalmente, em tempo de crise.
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André Prado / Foto: Arquivo pessoal
De acordo com o economista André Prado, a atual crise econômica atinge as famílias de diversas maneiras: com o aumento dos valores nas contas de energia, combustível; com ajuste fiscal que tende a aumentar impostos, inflação, taxas de financiamentos e outros fatores.
Neste cenário, André sugere que as famílias elejam um de seus membros como controlador financeiro e econômico dos gastos, como forma de se equilibrar na crise. Os demais membros devem procurar compreender o momento e apoiar as decisões tomadas em função das prioridades de cada lar.
O economista lembra ainda que o controle financeiro não deve ser abandonado inclusive pelas famílias mais abastadas. Como estas possuem condições de gastar de forma equilibrada, isto deve ser feito em favor da economia e da geração empregos. “Em outras palavras, consumidores conscientes ajudam na manutenção da economia”, afirmou.
Mas, nem tudo está perdido…
A crise pode ter seu lado bom, dependendo da forma como cada família lida com ela. O Psicólogo Élison Santos, afirma que neste momento, a família precisa se reunir, conversar mais, partilhar as preocupações, se unir ainda mais. Ou seja, uma grande oportunidade para estabelecer o diálogo dentro de casa.
Santos lembra também que a crise, de modo geral, representa um tempo de transformação. “Além dos aspectos econômicos, o Brasil vive uma crise de valores, que a meu ver é bem mais preocupante”, considerou.
“A sociedade fica cada vez mais descrente dos agentes políticos, o governo é visto de forma muito negativa e isto pode gerar, principalmente para a juventude, uma desesperança, um processo que vai de um desacreditar no país até um desacreditar no futuro e no próprio sentido da vida”, acrescentou.
Manter a serenidade e o equilíbrio na crise
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Elison Santos / Foto: Arquivo pessoal
Para a família, outro ponto importante segundo Élison, é que os pais não “percam a cabeça”, afirmando para si mesmos e os filhos que há valores que estão acima da economia, que estão acima dos problemas políticos e sociais. “São nestes momentos de crise que surgem as pessoas que mudam o mundo e os jovens precisam ouvir dos pais que eles acreditam nisso. Ter sempre em mente que quem faz o mundo somos cada um de nós e se há momentos difíceis para serem vividos, vamos encarar com coragem e sabedoria, sem perder jamais a fé em Deus e no futuro”.
O Psicólogo Élison Santos também faz uma reflexão sobre o consumismo na família e dá dicas para deixar esse hábito, sobretudo, neste momento de crise. Leia:
“Entendemos por consumismo a busca nos bens materiais por algo a mais do que eles representam de fato. Um celular não é apenas um aparelho para conectar com as pessoas, ele representa um status que traz certo prazer diante dos outros. Diante do consumismo a família precisa se questionar sobre o que é mais importante.
Quantos pais têm vergonha do carro que tem ou do bairro onde moram, ou de não possuir um ou outro bem material que os parentes têm ou os vizinhos possuem. Vencer o consumismo não significa apenas fazer um sacrifício para não comprar coisas que não são necessárias, significa em primeiro lugar refazer as prioridades em uma escala de valores, dizer para si mesmo e para a família o que é mais importante.
Passar um domingo em um parque brincando com os filhos ou fazendo um piquenique pode ser muito mais divertido e prazeroso do que passar o dia no shopping gastando dinheiro. Reunir a família na cozinha para juntos prepararem uma refeição pode ser mais prazeroso do que sair para um restaurante.
Se a família sentar e conversar sobre o que é realmente importante, verá que muito do dinheiro que gasta não é estritamente necessário. É importante ter mais diálogo, mais reflexão, mais silêncio e menos barulho, menos correria no dia a dia da família”.
Na reportagem de amanhã, quarta-feira, 16, saiba como relacionar a crise financeira à geração de filhos: o que fazer quando o dinheiro está pouco mas tem um filho chegando? Confira amanhã!