quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CATEQUESE

Papa explica a importância da oração na família

Depois de refletir sobre a festa e o trabalho na família, Papa falou da necessidade de oração; o Evangelho lido em família é pão que alimenta, disse
Da Redação, com informações do Vaticano
Na 100ª catequese de seu pontificado, nesta quarta-feira, 26, o Papa Francisco seguiu refletindo sobre a família, desta vez dedicando-se ao tempo da oração no ambiente familiar.
Francisco na catequese desta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro / Foto: Reprodução CTV
Francisco na catequese desta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro / Foto: Reprodução CTV
O Papa explicou que a falta de tempo é uma das mais frequentes justificativas utilizadas pelos cristãos para os poucos momentos de oração. De fato, Francisco admitiu que, quem tem uma família, aprende a colocar dentro das 24 horas do dia o dobro disso. “Há pais e mães que merecem o Prêmio Nobel por isso! O segredo está no carinho que têm por seus queridos”.
Francisco convidou os fiéis a refletirem sobre o amor que sentem por Deus, pois isso tem relação com o tempo dedicado à oração. “Quando o afeto por Deus não acende o fogo, o espírito da oração não aquece o tempo; mas se o coração for habitado por Deus, até um pensamento sem palavras ou um beijo mandado por uma criança a Jesus se transformam em oração”.
Como exemplo, o Papa citou a beleza contida na atitude das mães que ensinam seus filhos pequenos a mandarem um beijo para Jesus ou para Nossa Senhora. Este é o espírito da oração, disse, que leva a encontrar a paz nas coisas necessárias, tendo em vista uma vida onde sempre falta tempo.
O Papa indicou como um bom guia sobre discernimento entre trabalho e oração a história de Marta e Maria, narrada no Evangelho do dia. Elas aprenderam com Deus a harmonia dos ritmos familiares: a beleza da festa, a serenidade do trabalho e o espírito de oração.
“A oração surge da escuta de Jesus, da leitura do Evangelho. Não se esqueçam, todos os dias leiam um trecho do Evangelho. A oração surge da intimidade com a Palavra de Deus. Há esta intimidade na nossa família? Temos em casa o Evangelho? (…) o Evangelho lido e meditado em família é como um pão bom que alimenta o coração de todos”.
O ciclo de catequeses sobre a família começou em 10 de dezembro do ano passado. As reflexões se inserem no contexto do Sínodo da Família, que teve sua primeira assembleia em 2014 e deve ser concluído com a assembleia geral ordinária a ser realizada no próximo mês de outubro, de 4 a 25, no Vaticano.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015


Papa: o trabalho é sagrado e traz dignidade à família



Após refletir sobre a dimensão da festa na família, Francisco fala sobre o trabalho, atividade sagrada que dignifica a família
Jéssica Marçal
Da Redação
Francisco fala sobre como o trabalho é sagrado e dignifica a vida familiar / Foto: Reprodução CTV
Francisco fala sobre como o trabalho é sagrado e dignifica a vida familiar / Foto: Reprodução CTVNa catequese desta quarta-feira, 19, o Papa Francisco dedicou-se à relação da família com o trabalho. Sendo uma atividade que traz dignidade ao homem, também o trabalho, assim como a festa (que foi tema da catequese da semana passada), é sagrado, faz parte do projeto criador de Deus e não deve faltar a família alguma, ponderou o Papa.
Francisco lembrou que o trabalho é necessário para manter a família e garantir a seus membros uma vida digna. E esse estilo de vida trabalhador é algo que se aprende, antes de tudo, na família. “A família educa ao trabalho com o exemplo dos pais: o pai e a mãe que trabalham pelo bem da família e da sociedade”.
O Papa citou ainda a harmonia que deve existir entre trabalho e oração. A falta de trabalho é ruim para o espírito, assim como a falta de oração prejudica também a atividade prática. O trabalho é sagrado, destacou Francisco, e por isso sua gestão é uma grande responsabilidade humana e social que não pode ser deixada nas mãos de poucos.
“Causar uma perda de postos de trabalho significa causar um grande dano social. Eu me entristeço quando vejo que há gente sem trabalho, que não encontra trabalho e não tem a dignidade de levar o pão para casa”.
O Santo Padre explicou que também o trabalho faz parte do projeto criador de Deus, mas quando se separa dessa aliança, tornando-se refém da lógica do lucro; e desprezando os afetos da vida, a degradação da alma contamina tudo.
“A vida civil se corrompe e o habitat se arruína. As consequências atingem, sobretudo, os mais pobres, as famílias mais pobres. A organização moderna do trabalho mostra, às vezes, uma perigosa tendência a considerar a família como um obstáculo, um peso, uma passividade para a produtividade do trabalho. Contudo, perguntemo-nos: qual produtividade? E para quem?”, questionou.
Diante desse cenário, Francisco disse que as famílias cristãs têm um grande desafio e uma grande missão: carregar os fundamentos da criação de Deus. A tarefa não é fácil, admitiu, requer fé e perspicácia.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Católico a favor da Ideologia de Gênero?

O Papa Bento XVI disse certa vez que os piores inimigos da Igreja são aqueles que estão no seu seio, mas que não obedecem o Magistério da Igreja e seus ensinamentos, pondo-se contra o que ela ensina.
Na última terça-feira (11/08/15), estive na Câmara dos Vereadores em São Paulo, a frente de um movimento católico em defesa da família contra a Ideologia de Gênero. Fiquei surpreso com a atitude de um grupo de representantes da PASTORAL DA JUVENTUDE (PJ), que, em frente à Câmara que, com cartazes, defendiam a Ideologia de Gênero.
Neste dia, como foi amplamente divulgado, a Câmara de Vereadores votou o Projeto PME – “Plano Municipal de Educação”, rejeitando por 42 votos contra 2, a introdução da perversa e subversiva “Ideologia de Gêneros”, no plano de educação das crianças.
Muitos católicos se concentraram na frente da Câmara Municipal de São Paulo, e numa ação disciplinada e bem organizada, demonstraram aos Vereadores os erros inconcebíveis da tal ideologia de Gêneros. Eu tive a oportunidade de estar ali com o Pe. Paulo Ricardo, Prof. Felipe Nery, Pe. José Eduardo, e outros, num caminhão de som, mostrando aos presentes os erros dessa perigosa ideologia que quer colocar na cabeça das crianças que não existe apenas o sexo masculino e feminino, mas que elas vão “fabricar” o seu tipo sexual mais para frente, não importando que seu corpo e sua alma seja masculino ou feminino.
Ora, os Bispos do Brasil todo se manifestaram amplamente contra tal ideologia perversa, destruidora da pessoa humana, do casamento, da família e do plano de Deus. Os bispos do Regional Norte 3 de CNBB (Tocantins e Norte de Goiás), disseram: “Existem organizações nacionais e internacionais muito ocupadas em destruir a família natural, constituída por um pai, uma mãe e seus filhos. Hoje um dos recursos mais perigosos para atentar contra a família se chama “ideologia de gênero”.
Os Bispos e toda a América Latina e Caribe, em Aparecida, no CELAM, disseram, no Documento de Aparecida (n.40): “Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar, encontramos a ideologia de gênero, segundo a qual pode-se escolher sua orientação sexual, sem levar em consideração as diferenças dadas pela natureza humana. Isso tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família”.
A Nota da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, disse o seguinte: “Com a ideologia de gênero, deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la”.
O Papa Francisco, aos Bispos porto-riquenhos, em 8/6/2015, falou da “beleza do matrimônio”, com a “complementaridade homem-mulher, coroação da criação de Deus que é desafiada pela ideologia do gênero”. E perguntou, na Audiência de 15/4/2015: “Existem ´colonizações ideológicas` que procuram destruir a família. Vêm de fora, por isso digo que são colonizações, como a “ideologia de gêneros”, esse erro da mente humana”. E comparou-a “à máquina de propaganda nazista. Existem “Herodes” modernos que “destroem e tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo a criação.” (Visita a Nápoles). “A ideologia de gênero é contrária ao plano de Deus!”. “Eliminar a diferença (de sexo) é um passo para trás na sociedade. A defesa da família tem a ver com o próprio homem (e não Estado). E fica claro que, quando se nega a Deus (e a origem), a dignidade humana também desaparece”.
Ora, apesar de tudo isso, apesar da luta enorme da Igreja católica para livrar as nossas crianças dessa terrível ideologia; um grupo de representantes da PJ – PASTORAL DA JUVENTUDE, estava lá em São Paulo, na rua, com cartazes defendendo  a Ideologia de Gêneros. Você pode ver isso no linkhttp://ssoucatolico.blogspot.com.br/2015/08/e-catolico-ou-nao-votacao-do-pme-em-sao.html, onde lê-se nitidamente: “Sou católico, sou PJ, Gênero sim!”
Ora, o que pretendem esses membros da PJ, distanciando-se dos ensinamentos oficiais da Igreja? Não conseguimos entender um comportamento desse tipo, em público, por parte de alguns de seus representantes. Pais e jovens católicos precisam saber disso. Quem não está com a Igreja e seu Sagrado Magistério não está com Jesus Cristo.
Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 17 de agosto de 2015


Oração para educar o filho no caminho

 da obediência 



Educar o filho no caminho da obediência requer oração
Oração para educar o filho no caminho da obediência
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Senhor, dai-nos a graça da sabedoria para educarmos os nossos filhos no caminho da obediência. Dai-nos a graça de não termos medo de corrigi-los.
Nós Lhe pedimos, Senhor, a sabedoria de uma pedagogia inspirada, a fim de formarmos nossos filhos; sabedoria para utilizarmos a correção segundo o Seu coração.
Dai-nos a graça de não nos omitirmos quando eles precisarem de correção.
Senhor, liberta-nos de toda omissão, porque não queremos cruzar os nossos braços diante dos erros dos nossos filhos, mas sim chamá-los a uma vida de obediência e justiça, como Sua Palavra nos ensina.
Senhor, dai a sabedoria a todos os pais, àqueles que se sentem perdidos na formação de seus filhos; ilumina-os com Seu Espírito Santo, tira do coração deles todo sentimento de fracasso e derrota. Liberta-os, Senhor.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Autor: Salette Ferreira

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Matrimônio, um caminho a dois

A Palavra meditada hoje está em São Mateus 19, 3-10.
“Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e, para experimentá-lo, perguntaram: ‘É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo?’. Ele respondeu: ‘Nunca lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse: Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe’”. Perguntaram: “Como então Moisés mandou dar atestado de divórcio e despedir a mulher?” Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o princípio. Ora, eu vos digo: quem despede sua mulher – fora o caso de união ilícita – e se casa com outra, comete adultério”. Os discípulos disseram-lhe: ‘Se a situação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar-se’.”
Marcio Mendes_Sorrindo
“O matrimônio é um caminho, não uma meta”, afirma Márcio Mendes – Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
O casamento é uma união que nunca foi fácil, mas, se não fosse bom, as pessoas não continuavam se casando até os dias de hoje. Há algo dentro do coração que assegura que o caminho é esse, que é um bem, é importante cumprir esse preceito conforme diz a Palavra de Deus, que o homem deve se unir à mulher.
Alguns casamentos não dão certo por causa da dureza no coração, é ela que faz com que o casamento não valha a pena, mas ele vale sim. O que não devemos fazer é manter esse coração duro. Há casos em que continuar junto é pior do que ficar separado, quando, numa união, presencia-se o ódio, a violência e a agressão.
Em todo caso, é preciso lutar para que seja uma união com bons frutos. Pode não ser fácil, mas é bom, e quando se une à pessoa certa, isso é completude, quando um completa o outro para que juntos possam ser uma só carne. Enquanto você e seu marido ou esposa forem companheiros e houver amor, continuarão a se tornar uma só carne.
O amor entre homem e mulher precisa acontecer nas várias dimensões, como a afetiva, a espiritual, a social e a sexual. Ter afeto, ternura, amizade e cuidado para que seja um relacionamento que tenha calor, que aqueça.
Às vezes, a rotina e o cansaço não permitem que haja conversas com a frequência que gostaríamos de ter, mas se houver abertura de coração, compreensão, carinho e iniciativa de ambos, eles estarão unidos. Muito mais que comunicação, é preciso saber escutar, falar, não simplesmente conversar, mas abrir o coração um para o outro.
Tenha gestos pequenos, mas de amor com o outro. Tenha atenção nos detalhes e, acima de tudo, tenha confiança. Se esta se quebrou, converse, comece com o perdão e devolva a confiança. O casamento é um caminho que se faz ao lado da pessoa que se ama; e se você ama, não fique relembrando as ofensas, os defeitos, os fracassos que aconteceram durante a caminhada. O que passou, passou. Perdoe e siga em frente!
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Letícia Paiva

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

???????????????????????????????????????Não só os pais, mas toda a família é responsável pela educação dos filhos. Somos frutos de uma família.
O jornalista da Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein, quando residia nos Estados Unidos, escreveu em 21/09/97, um interessante artigo intitulado Solução Caseira é Melhor Remédio Contra o Vício, sobre a terrível questão das drogas. Diz ele:
“Para dar apenas um número da gravidade do problema: aqui (EUA) todos os anos 110 mil jovens experimentam heroína. Já são 600 mil viciados em heroína…’’.
O jornalista afirma que as universidades americanas receberam dinheiro do governo federal para entrevistar 110 mil jovens e 18 mil pais. E conclui:
“Das entrevistas sai, porém, a indicação de que o melhor remédio contra o vício está em casa. Os pesquisadores encontraram uma íntima relação entre o contato afetivo dos filhos com os pais e os distúrbios. Quanto maior a ligação emocional na família, menor a chance de envolvimento com drogas, bebidas, suicídio, sexo promíscuo e violência”.
O jornalista afirma que as gangues procuram de certa forma oferecer aos jovens a família que não tiveram:
“O charme das gangues é justamente oferecer um ambiente de aceitação e até hierarquia. Ou seja, uma família.”
Também a escola aparece com papel fundamental:
“A investigação mostra que o envolvimento emocional com os professores também é um antídoto contra a delinquência”.cpa_educar_pela_conquista
Em 21/06/98, o mesmo jornalista, no artigo “Você sabe a data do seu nascimento?”, sobre os meninos de rua, afirma:
“A culpa por estarem na rua é da pobreza, certo? Errado. A investigação ajuda a desfazer o mito de que só a pobreza gera crianças de rua – e de que pobreza gera violência.
É, na verdade, um preconceito. Apenas uma minoria saiu de casa para ganhar dinheiro, algo que tinha percebido (mas não colocado em números), desde o início de minhas pesquisas em 1989.
Quando indagada sobre porque saiu de casa, a imensa maioria se refere aos desentendimentos familiares – muitas vezes abusos dos padrastos. Foram para a rua porque não suportavam o inferno doméstico, marcado pelo abuso sexual, alcoolismo, drogas e pancadarias…Ou seja, a motivação econômica estava bastante distante.”
“Há toneladas de estudos mostrando que o inferno familiar ajuda a jogar os jovens em comportamentos autodestrutivos, o que significa drogas, tentativa de suicídio, violência.” (Folha de São Paulo, Cotidiano, 3-7, 21/06/98).
Se o jovem não tem um lar acolhedor, então, acaba indo buscar na rua o carinho e o amor que não encontrou na própria casa. Se você não sentar o seu filho no seu colo, ele vai sentar no colo de quem você não quer, o traficante, a prostituta…
É necessário descer até as raízes do problema, que são os pais e a moral familiar destruída: divórcio, amor livre, uniões ilícitas, alcoolismo, drogas, etc. O Catecismo afirma que:
“O lar é assim a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano (GS,52 § 1). É daí que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida” (CIC, 1657).
Fica claro, portanto, que a educação dos filhos, é obra da família, e por isso, sem uma família sólida na fé, a educação dos filhos poderá ficar comprometida. Portanto, a primeira preocupação dos pais deve ser criar um lar cristão, onde não haja lugar para valores não cristãos. O Catecismo diz que:
“Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação nas virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, cpa_jovem_levanta-tecondições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais” (Cat. §2223, CA, 36).
O “conteúdo” da educação deve ser o da ternura, perdão, respeito, fidelidade, serviço, abnegação, reto juízo, domínio de si, fé. É evidente que para transmitir esses valores aos filhos, os pais precisam antes vivê-los. Acima de tudo é pelo bom exemplo dos pais que os filhos serão formados.
Outra necessidade vital para a família é que esta seja unida. Sempre que possível, saírem todos juntos nas viagens de férias e nos passeios. São oportunidades de ouro para educar os filhos. Infelizmente certos pais preferem viajar para longe, sozinhos, ao invés de ir para lugares mais próximos com toda a família.
Temos que nos convencer de uma verdade: não há alegria maior, mais autêntica e mais durável do que aquela que a família nos dá. Pear Bach dizia que “muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade”. É preciso saber colher as pequenas alegrias no lar.
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Papa explica a importância da festa na família

Santo Padre inicia catequeses sobre três dimensões que articulam o ritmo da vida familiar: a festa, o trabalho e a oração
Jéssica Marçal
Da Redação
Francisco explica que os momentos de festa na família são sagrados / Foto: Reprodução CTV
Francisco explica que os momentos de festa na família são sagrados / Foto: Reprodução CTV
O Papa Francisco começou nesta quarta-feira, 12, um novo ciclo de catequeses, porém ainda no contexto da família. O Santo Padre fala nas próximas semanas de três dimensões que articulam o ritmo da vida familiar: a festa, o trabalho e a oração.
Na catequese de hoje, Francisco se dedicou à festa. O Papa lembrou que o próprio Deus ensina a importância de dedicar um tempo para contemplar e desfrutar daquilo que, no trabalho, foi bem feito. E não se trata de trabalho apenas no sentido de profissão, mas de toda ação com a qual homens e mulheres colaboram para a obra criadora de Deus.
“A festa é, antes de tudo, um olhar amoroso e grato sobre o trabalho bem feito”, explicou Francisco. Ele ressaltou que às vezes a festa pode chegar em circunstâncias difíceis ou dolorosas, mas nesses momentos é preciso pedir a Deus a força para não esvaziá-la completamente.
Mesmo nos ambientes de trabalho – sem omitir os deveres – se faz alguma “faísca” de festa, disse o Papa, seja para comemorar aniversários, casamentos ou o nascimento de filhos. “É importante fazer festa. São momentos de familiaridade na engrenagem da máquina produtiva: nos faz bem!”.
Ao falar de trabalho, Francisco destacou que o homem deve ter plena consciência de que ele não é escravo do trabalho, mas senhor, uma vez que foi feito à imagem e semelhança de Deus. Mas a obsessão pelo lucro econômico pode colocar em risco os ritmos humanos da vida.
“O tempo do repouso, sobretudo aquele dominical, é para que nós possamos desfrutar daquilo que não se produz e não se consome, não se compra e não se vende. E em vez disso vemos que a ideologia do lucro e do consumo quer ‘abocanhar’ também a festa: também essa, às vezes, é reduzida a um ‘negócio’, a um modo para fazer dinheiro e gastá-lo”, advertiu.
Francisco concluiu destacando que o tempo da festa é sagrado porque Deus está presente nele de modo especial. E a família é dotada de uma grande competência para entender, orientar e apoiar o autêntico valor do tempo da festa. “A festa é um precioso presente de Deus; um precioso presente que Deus deu para a família humana: não a estraguemos!”.